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15/08/2012


O FEIO ABUNDA

Texto publicado no mês de Agosto de 2012, na Coluna do ADhemyr,

do JR- NOTÍCIAS, de São Paulo-SP. (www.jornalnoticias.com.br).

      Hoje em dia o feio abunda. Abunda de sobeja, de sobra, de superabundante, ou, trocando em miúdos, --- está cheio de coisas feias por aí, de um mau gosto medonho.

          Pronto! Resumi o que penso, mas nada concisamente, confesso.

          Não; nem tudo está perdido. A beleza está se perdendo; o romantismo está submergindo; a boa música está desaparecendo; o magnificente vestuário de outrora está por um fio. Mas, falando assim, se nem tudo está perdido, o que resta?

          Ora, resta a esperança nessa nova geração, de pequeninos, que ainda poderão nos proporcionar abundância de bom gosto, quando estivermos todos velhinhos... Aí diremos --- que bom! O mundo já foi bem pior! Ah, cadê minha dentadura, cadê a minha bengala; ô, esse fraldão é meu!

          Também não estou querendo dizer que as pessoas devam voltar a portar bengalas, nem relógio de corrente, nem Pager. Mas uma coisa garanto --- se o bom gosto das pessoas tivesse evoluído na proporção da tecnologia, ah, este tempo seria o mais bonito de todos! Pois, reparem, a cada dia um novo aparelho com possibilidades fantásticas, e na mesma proporção --- e infelizmente --- uma nova música feia que dói, uma roupa horrível de doer mais que tropeçar num toco e arrancar a unha do dedão.        Falando com uma pessoa sobre isso numa rede social, ela me disse:

          ---Ô, ADhemyr, é que você está com problema de veia!

          Assustei!... De veia presume-se saúde. Saúde, preocupação...

          ---Como? O que o meu pensar dos tempos tem a ver com minha veia?

          ---Isso é problema de veia! --- Repetiu. --- De velhice... veieira...

Escritor ADhemyr Fortunatto






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